sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O futuro tem quantas dimensões? (II) - A formação dimensional dos corpos

      Para tudo é necessário um método e um procedimento. No último post, discutimos o conceito de "dimensão" e a sua aplicação em situações físicas reais. Desta vez, vamos discutir como os corpos dão origem uns aos outros. Devemos seguir um raciocínio lógico para que consigamos entender como se formam os diferentes corpos (por exemplo, como um corpo 1D deu origem a um 2D).


O processo de formação dimensional dos corpos
 
Figura 2.3
      Com a ajuda da imagem acima, procure obter um raciocínio lógico, para que a reta tenha se transformado no plano e para que o plano tenha se transformado no cubo.
      Caso não tenha conseguido obtê-lo, explico-o a você. Oriente-se pelos pontos, pelas retas e pelos planos que estão representadas pela cor branca.
      Na primeira representação (reta), os pontos brancos foram prolongados até que uma reta fosse formada.
      A reta, então, passou a ficar na direção horizontal. Elas foram colocadas paralelamente e seus vértices foram unidos na direção vertical. Isso deu origem ao plano.
      O plano ficou na direção horizontal. Vários foram colocados paralelamente e seus vértices foram unidos verticalmente. Originou-se, então, o cubo.
      Com isso, podemos afirmar, exmplificando, que um corpo 2D existe porque existe um corpo 1D. Os corpos dependem de outros corpos com menos dimensões para existirem. É incrível como a natureza consegue ser prefeita. Perfeita até nos detalhes.

O futuro tem quantas dimensões? (I) - Os corpos

      A dúvida sobre a existência de mais de três dimensões no universo intriga muitas pessoas, até mesmo cientistas. Vários filmes e seriados "futurísticos" exploram a ideia de que o Universo pode ser quadridimensional, mas nunca mostraram como seriam os objetos nessas condições. Como seria um cubo com quatro dimensões? E com cinco?
      Para entender as situações propostas, temos que entender o que é "dimensão" e os corpos com diferentes dimensões. Vamos, então, iniciar um grande revisão. E é essa revisão que dará início a uma série: "O futuro tem quantas dimensões?".


Revisão
Figura 1.1

      O número representa o número de dimensões de cada corpo na imagem acima.
  • Um ponto não tem dimensões. Por mais que o visualemos a um microscópio, ele continuará sendo um ponto. É só lembrar que o microscópio amplia a imagem e que zero vezes qualquer número dá zero. Ampliar o ponto em duas vezes é fazer 0x2, que dará zero de qualquer jeito.
  • Uma reta tem uma dimensão. A única dimensão é o comprimento. Se a visualizarmos ampliadamente, ela crescerá apenas em comprimeiro, mas continuará a ter a mesma finura.
  • Um plano qualquer possui duas dimensões. Na imagem acima, o plano está representado por um quadrado. Como é um plano, apresenta comprimento e largura.
  • Por fim, o espaço como conhecemos possui três dimensões: comprimento, largura e altura. Corpos tridimensionais são aqueles que estamos acostumados a ver: uma bola de futebol, uma mesa, etc. Eles fazem parte do nosso mundo físico.
      A partir da imagem e das descrições acima, você deve ter percebido que, da esquerda para a direita, um corpo pode ser inserido em outro. Isso acontece porque o corpo da esquerda tem menos dimensões que o corpo da direita. Ou seja: um corpo 1D cabe num corpo 2D, 3D, e assim por diante. Por isso, um cubo não cabe num ponto: um corpo 3D não cabe num corpo 1D.
      Dada essa revisão, procure treinar a sua mente para saber identificar quantas dimensões tem um corpo. Depois disso, poderemos seguir em frente e discutir sobre os corpos com mais de três dimensões. Preparem-se!

      Observação: A série "O futuro tem quantas dimensões" terá como base não só as imagens, mas também os textos do site <http://www.silvestre.eng.br/astronomia/artigos/bigbang/01/>.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A vida se organiza

      Muitos pensam que a vida organiza-se apenas no organismo. Mas a vida existe em várias formas: na forma de átomo (que hoje a ciência considera a menor partícula, apesar de já terem confirmado a existência de partículas subatômicas); em outra forma, na biosfera, a camada da Terra que engloba todos os seres vivos. Veja como a interação entre os níveis de organização é essencial a partir da visualização do esquema a seguir.





      Caso não tenha entendido o esquema acima ou queira um texto complementar a ele, explico-o a você.
      Os primeiros níveis de organização são compostos pelos organismos.
      Na primeira representação de organização da vida, temos a biosfera, ou seja, toda a vida concentra-se nesta camada. O ecossistema apresenta a interação entre vários grupos de seres vivos (guarás, cobras e ratos, por exemplo) e o meio ambiente. A comunidade é um nível, onde diferentes tipos de seres convivem juntos. A população é um grupo dos mesmos seres vivos. O organismo é o nosso corpo, por exemplo.
      Mas os organismos também podem ser organizados e são compostos por diversos níveis de organização.
      O nosso organismo é composto pelos sistemas. O conjunto de ossos forma o sistema ósseo. Os rins, ureteres, bexiga e uretra, que formam o sistema urinário, são exemplos de órgãos. Os órgãos são formados por tecidos, como o sangue. Os neurônios, que compõem tecido nervoso, são células. Para as nossas células obterem a energia dos alimentos, o principal orgânulo é a mitocôndria. Os orgânulos se organizam em moléculas (o nosso DNA - ácido desoxirribonucleico - é uma molécula). As moléculas formam átomos. O diamante apresenta átomos de carbono.
      Não é importante que esses níveis de organização (tanto os acima, quanto os abaixo do organismo) sejam decorados, mas sim estudados. Através do post de hoje, quero que vocês vejam o quão a vida é incrível: vemos átomos - seres que não podem ser enxergados ao microscópio, por seu tamanho minúsculo -, que podem, ao mesmo tempo, integrar moléculas, organismos, populações, comunidades, enfim.
      Com isso, concluímos que por mais diferente que seja um ser vivo, ele interage com outro, ora compondo-o, ora sendo composto por ele.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Como o combustível vira biocombustível?

      Para todos que não sabem, combustível é tudo aquilo que, após sofrer queima, se transformará em algum tipo de energia. Por isso gasolina é um combustível: depois que ela queima, transforma-se em energia cinética, movimentando um carro, por exemplo.  O grande problema é que a gasolina, assim como o óleo diesel e tantos outros, é um combustível fóssil, isto é, prejudica o ambiente.
      Atualmente o ser humano cria modos para reverter esta situação e não degradar o meio ambiente. Devido a isso criamos o biocombustível (bio = vida), que não prejudica a natureza.
      A exemplo, cito três biocombustíveis: bioetanol, biodiesel e biometanol. Mas por que processo os combustíveis fósseis passam para que não agridam o ambiente? Veja o esquema:




     Caso não tenha entendido esse esquema, explico-o a você. O exemplo é do etanol.
      As plantas absorvem o gás carbônico e devolvem ao meio ambiente oxigênio. Elas, que são matérias-primas, são colhidas e trituradas. Ocorre então a separação dos açúcares da cana. O álcool, obtido da cana, é fermentado e destilado. Agora não agridem mais o meio ambiente, mas só podem ser chamados de biocombustíveis quando sofrerem a queima, que acabam emitindo gás carbônico ao meio ambiente.
      Como é um ciclo, este processo acontece várias vezes e nesta ordem. É interessante estudar o ciclo de vida do biocombustível. Interessante, não?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Indústrias - O carvão da Primeira Revolução Industrial

   
      O que a imagem acima consegue descrever? Ela se relaciona com um período muito tenso da história.
      Todos aqueles que têm conhecimento da Primeira Revolução Industrial sabem que eram usado poucos tipos de combustível, mas um destacou-se: era o carvão, que, por ser tão importante, fazia com que as indústrias se localizassem perto de suas minas.



      Ele era usado para movimentar máquinas a vapor, locomotiva, dentre outros meios de transporte, através da sua queima. Agora, imagine: viver à base da mineração do carvão.
      Momento de reflexão: se não houvessem os mineradores, não haveria a mineração do carvão; se não houvesse carvão, a indústria não teria se desenvolvido tanto durante a Primeira Revolução Industrial; se não houvesse a Primeira Revolução, não haveria a segunda, e assim por diante. Como é que então chegaríamos ao que somos hoje e projetaríamos tanto o futuro? Bem, não chegaríamos ao que somos hoje e o futuro nunca seria planejado, já que a incerteza reinaria sobre nós, a não ser que achássemos um outro tipo de combustível que chegasse à altura do carvão. Mas tranquilize-se: inteligentes, capazes e desenvolvidos como somos, arranjaríamos um novo jeito de se virar.
      Mas há um "porém": na época, os estudiosos (que sempre existiram em nossa história) não se preocupavam tanto com a poluição do ar, uma vez que não tinham um amplo conhecimento do fato. Quero dizer que sim, o carvão sempre poluiu. Imagine como estava a Terra na época da I Revolução Industrial, quando o carvão era o combustível mais usado e queimado. Pois digo, ela estava prejudicada! Porém, se o carvão não fosse descoberto - isto é, se a Terra não sofresse por algumas décadas -, viveríamos na época de alguma das revoluções, inventaríamos modos de desenvolver a indústria.
     Mas se víssemos pelo lado bom, sem querer, os revolucionários nos fizeram atingir o mais alto patamar de capacidade dos dias atuais. Agradeça-lhes, pois!


      Obs.: Como num post consegui integrar profundamente, através das discussões, I Revolução Industrial, carvão, poluição do ar... Que dinâmica!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Carros movidos a água. Será possível? (II)

      Como informei no último post, vou descrever hoje o que acontece com o óxido que sobra.
      Para destacar: o óxido é feito de átomos de boro e oxigênio, que são grudados. Mas como fazer para desgrudá-los? Basta quebrar o óxido.


      Um simples processo químico é suficiente para quebrá-lo. Isso acontece com a liberação do oxigênio, que, agora solto, vai para o ar. Em seguida, o boro volta para o carro. As usinas precisariam de energia para fazer essa reciclagem – mas não de petróleo. Fontes limpas, como hidrelétricas ou painéis solares, dariam conta do recado.
      Ou seja: reciclar com fontes limpas dá certo e é ecológico.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Carros movidos a água. Será possível?

      Carros movidos a água existem sim. Não é apenas por 45 litros de água que ele sai andando por aí. Carros assim já existiam, mas as moléculas do hidrogênio e oxigênio (que compõem a água) nunca foram separadas. É muito difícil fazê-lo.


      Pergunta: "Então como os cientistas conseguiram realizar tal proeza?". É só por a água para reagir a um elemento químico chamado boro, que consegue quebrar o H20.
      O governo da Turquia já se prepara para novos projetos, já que é dona de 64% das reservas mundiais desse elemento.
      Se você está curioso para saber este processo de separação das moléculas do H20, veja o passo a passo logo abaixo.

  • A água vai para um tanque cheio de boro em pó. Lá o elemento químico suga o O (oxigênio) do H20.
  • Em seguida, o H2 (hidrogênio) vai para o motor, onde funcionará como combustível.
  • O hidrogênio, pois, se combina com o oxigênio, podendo produzir energia elétrica. É nesse momento que o carro já pode ser movido a água, ou melhor, a vapor de água.
      Pronto! Para manter seu carro andando a água, troque o óxido por uma carga de boro zerado de tempos em tempos. O bom é que dá para obter isso a partir do óxido mesmo. É só reciclar a sobra numa usina. Mas isso é tema para o próximo post!


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Introdução

     Bom dia a todos. Acabo de lançar um blog: "A Ciência em si".
      Aqui discutiremos todas as novidades que a ciência lança sobre absolutamente tudo. Falaremos sobre evidências de nossas origens, como será nosso futuro através do avanço tecnológico, etc.     Tudo será deixado mais fácil, para que todos possam entender os nossos temas abordados.
      Deixarei a linguagem desse blog o mais fácil possível (difícil para um texto científico).




Como tudo vai funcionar

      As postagens do blog não serão diárias. Tudo bem que a cada dia a ciência surpreende descobrindo muitas coisas. Mas não tenho acesso a todas elas. Por isso, informo-lhes que o blog será atualizado apenas às terças-feiras e sextas-feiras. Fiquem ligados.
       O nosso blog é diferente porque podemos livremente falar do cotidiano relacionado à ciência. Por isso, você poderá achar que entre os assuntos dos posts não há relação. Mas há sim. E a única relação é a ciência. Você verá a ciência por um outro ângulo: o ângulo compreensível.
       Dada a introdução, inicia-se aqui A Ciência em si!